Candidata à presidência em 2022, Le Pen foi processada sob a acusação de fazer circular "mensagens violentas incitando o terrorismo ou a pornografia ou prejudicando gravemente a dignidade humana".
O júri reconheceu que havia "um propósito informativo" na divulgação das imagens, dizendo que sua publicização "faz parte de um processo de protesto político".
A defesa de Marine Le Pen argumentou que publicações como estas "contribuem para o debate público", desde que não "banalizem" a violência.
A promotoria, que se baseou na lei francesa contra a divulgação de discurso de ódio, havia pedido a imposição de uma multa equivalente a R$ 32.700.
Le Pen divulgou as imagens depois que um jornalista francês fez uma comparação entre o Daesh e seu partido. Uma das fotos mostrava o corpo do jornalista americano James Foley decapitado pelo grupo extremista. Outra mostrava um homem com uniforme laranja atropelado por um tanque.
"Daesh é isso!", escreveu Le Pen na ocasião. Para o tribunal, a divulgação dessas imagens foi uma resposta "coerente" de Le Pen a "um polêmico ataque".
Nas pesquisas, segundo o Le Monde, Marine Le Pen é o principal nome de oposição ao presidente da França, Emmanuel Macron, para as eleições de 2022. Ela chegou nos últimos meses a 35% das indicações de voto, praticamente empatada com o atual chefe de Estado francês.