A junta, formada por 11 profissionais da saúde, determinou que Maradona não recebeu os cuidados médicos necessários, que poderiam ter evitado a sua morte.
O astro, que faleceu em 25 de novembro de 2020 após parada cardiorrespiratória, teve "sinais de risco de vida ignorados", apresentando "sinais inequívocos de período agônico prolongado" desde as 00h30 do dia de sua morte.
Desta forma, os especialistas calcularam que Maradona agonizou por 12 horas até sua morte ocorrer por volta das 12h30 do mesmo dia.
O jogador de futebol estava se recuperando de uma cirurgia no cérebro em sua casa, nos arredores de Buenos Aires. Contudo, a junta médica também informou que as condições de tratamento domiciliar "não cumpriam com os alinhamentos mínimos" para um paciente em sua condição de saúde.
Maradona "não teria falecido se tivesse contado com uma internação adequada, tendo em conta o quadro documentado nos dias anteriores à sua morte, em um centro assistencial polivalente recebendo uma atenção de acordo com as boas práticas médicas", apontou o relatório publicado pelo portal M1.
Caso de justiça
A investigação das circunstâncias da morte está sob os cuidados da Justiça da Argentina.
No foco da investigação está a conduta médica de pelo menos sete profissionais da saúde que cuidavam do atleta, incluindo o neurocirurgião Leopoldo Luque e a psiquiatra Agustina Cosachov.
O caso pode acabar gerando condenação dos profissionais, trazendo consigo o risco de prisão.