Segundo informa The National Interest, o torpedo Poseidon é impulsionado por um reator nuclear e atinge velocidades de 185 quilômetros por hora, operando em profundidades de mais de mil metros. Esta arma se encontra equipada com ogivas de 100 megatons, poderosas o suficiente para criar ondas radioativas gigantes, capazes de destruir cidades costeiras.
No entanto, a utilização deste torpedo é colocada em questão por vários fatores: em primeiro lugar, é demasiado lento quando comparado com um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) ou bombardeiro; em segundo lugar, ao mover-se a alta velocidade é bastante ruidoso, e logo poderia ser detectado facilmente por sistemas antissubmarino; por fim, sua natureza autônoma volta a levantar as várias questões relacionadas com armas robóticas, especialmente se carregarem megabombas, como no caso em análise.
Contudo, como fator psicológico, o Poseidon poderia ser uma poderosa arma de dissuasão contra os adversários da Rússia.
O analista naval H.I. Sutton, por sua vez, indica possíveis ideias sobre como a OTAN poderia usar determinada tecnologia contra o torpedo russo.
Sutton assume que os "modos operacionais e de planejamento de rotas [do Poseidon] serão, provavelmente, simples (leia-se confiáveis) e relativamente diretos, dependendo da velocidade e da profundidade para sobrevivência", citado pela mídia americana. Sendo esse o caso, uma boa contramedida seria implantar no fundo do mar redes de minas com sensores para detectar e destruir os torpedos.
Outra possibilidade, de acordo com o analista, seria atingir os torpedos Poseidon com veículos de deslizamento hipersônicos de longo alcance lançados de submarinhos da Marinha dos EUA. Porém, Sutton conclui que para parar armas como o Poseidon as marinhas ocidentais terão de desenvolver uma nova geração de torpedos.