A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês) está revisando lotes do imunizante, a maior parte dos quais é destinada para o uso nos Estados Unidos, de acordo com o The New York Times.
Trata-se da vacina produzida na fábrica Emergent BioSolutions na cidade de Baltimore, no estado de Maryland, onde também se fabrica a vacina AstraZeneca. Anteriormente, no local, foram encontradas danificadas 15 milhões de doses da vacina.
De acordo com dados do jornal, os funcionários da fábrica misturaram acidentalmente componentes de duas vacinas diferentes, e assim, as 15 milhões de doses não passaram no controle de qualidade e tiveram que ser recicladas.
Agora, a FDA duvidou da qualidade de mais 70 milhões de doses da vacina Johnson & Johnson que foram fabricadas ao mesmo tempo que o lote contaminado.
A inspeção revelou que uma das possíveis razões da contaminação poderia ter sido os funcionários que não passaram por desinfecção apropriada durante seu deslocamento entre zonas da fabricação da AstraZeneca e da Janssen.
Assim, a inspeção detectou rastros de uma vacina na composição da outra. A fonte do jornal, em condições de anonimato, falou dos receios da instituição de que o controle de qualidade não tenha detectado a contaminação de outros lotes.
No momento, a FDA está ponderando possíveis soluções para o assunto, podendo, de fato, decidir pela destruição das vacinas suspeitas.
As vacinas do lote rejeitado anteriormente também se destinavam ao Canadá, Europa e África do Sul. Em meio a estas notícias, as autoridades canadenses adiaram para 1º de maio o uso do primeiro lote do imunizante Johnson & Johnson, até o regulador interno confirmar o cumprimento das exigências de segurança.
Anteriormente, as vacinas AstraZeneca e Janssen foram excluídas da campanha de vacinação na Dinamarca, com base nos dados de especialistas locais e internacionais, devido à pequena possibilidade de formação de coágulos sanguíneos após inoculação.