China pede a Estados da ONU que não participem de evento sobre Xinjiang na próxima semana

China solicita a Estados da ONU que fiquem longe de evento organizado por países ocidentais para tratar de questões de direitos humanos na região de Xinjiang a fim de "evitar turbulências".
Sputnik

A China pediu aos Estados-membros das Nações Unidas que não comparecessem a um evento planejado na próxima semana pela Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido sobre a repressão aos muçulmanos uigures e outras minorias em Xinjiang, segundo a Bloomberg.

A mídia reporta que tal pedido foi visto em uma nota, escrita na quinta-feira (6) e analisada pela Reuters na sexta-feira (7). No documento, a missão da China na ONU escreveu que o encontro "é um evento com motivação política", e solicita aos Estados-membros que "não participem desta reunião anti-China".

Pequim acusou os organizadores do encontro, que também inclui a Austrália e o Canadá, de usarem "questões de direitos humanos como uma ferramenta política para interferir nos assuntos internos da China, como Xinjiang, para criar divisão e turbulência e interromper o desenvolvimento chinês", segundo a mídia.

"Eles estão obcecados em provocar confrontos com a China", disse a nota, acrescentando que "o evento provocativo só pode levar a mais confrontos".

Após a divulgação da nota, a missão chinesa nas Nações Unidas não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

China pede a Estados da ONU que não participem de evento sobre Xinjiang na próxima semana

O objetivo do evento que acontecerá na próxima quarta-feira (12), é discutir como apoiar e defender os direitos humanos de membros das comunidades étnicas turcas em Xinjiang. A organização internacional a favor dos direitos humanos, Human Rights Watch, também estará presente.

"Há anos Pequim tenta intimidar os governos para que se calem, mas essa estratégia falhou miseravelmente, à medida que mais e mais Estados se apresentam para expressarem horror e repulsa pelos crimes da China contra uigures e outros muçulmanos turcos", disse Louis Charbonnea, diretor da Human Rights Watch, citado pela mídia.

Pequim nega as acusações e descreve os campos como centros de treinamento vocacional para combater o extremismo religioso.

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