Sanções contra Irã só serão retiradas se Teerã retornar ao JCPOA, dizem EUA

Os países que assinaram o acordo nuclear de 2015 com o Irã vêm realizando discussões para ressuscitar o pacto com Teerã. No entanto, nem o Irã nem os EUA estão dispostos a serem os primeiros a retomar o acordo.
Sputnik

Jen Psaki, secretária de imprensa da Casa Branca, informou os repórteres durante o briefing de sexta-feira (7) que, para os EUA suspenderem todas as sanções que impuseram, o Irã deve primeiro voltar a ser signatário cumpridor do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), ou acordo nuclear de 2015.

Psaki acrescentou que foi feito algum progresso durante as conversações em Viena, na Áustria, que o Irã e os EUA têm agora uma "ideia melhor" sobre como voltar a cumprir plenamente o acordo nuclear e que a continuação das discussões é um bom sinal para o futuro.

Desde o início da administração norte-americana do presidente Joe Biden em 20 de janeiro de 2021, a secretária de imprensa tem indicado repetidamente que, se Teerã reduzir seus níveis de enriquecimento de urânio, os EUA podem fazer a sua parte.

Por sua vez, Teerã sinalizou que Washington está pronta para retirar muitas das sanções, mas que o Irã segue tentando assegurar "todas as nossas exigências".

"A informação que nos foi passada pelo lado dos EUA é que eles também têm uma atitude séria quanto ao retorno ao acordo nuclear e têm, até agora, expressado disponibilidade para suspender uma grande parte das sanções, que ainda não está completa, em nossa opinião", disse na sexta-feira (7) Abbas Araghchi, principal negociador iraniano, à agência estatal Press TV.

"É por isso que as conversações continuarão até que todas as nossas exigências a este respeito sejam atendidas".

Depois que os EUA deixaram o JCPOA em 2018, o Irã começou em 2019 a ultrapassar os níveis máximos acordados de enriquecimento de urânio, de 3,67%, até 60% de pureza, seu nível mais alto até hoje.

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