Em 7 de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) introduziu a vacina chinesa da Sinopharm na lista de uso emergencial, tornando-a a sexta vacina e a primeira a ser fabricada por um país não ocidental a receber a validação quanto a segurança, eficácia e qualidade.
As outras cinco vacinas contra a COVID-19 anteriormente aprovadas pela OMS são das empresas Pfizer, AstraZeneca, Johnson & Johnson e Moderna.
A aprovação permite a Sinopharm se tornar uma fornecedora qualificada para o consórcio COVAX que visa fornecer dois bilhões de doses de vacina a países e regiões em desenvolvimento até o fim de 2021. Até 7 de maio, 54 milhões de doses já foram entregues aos participantes do programa.
A Índia devia fornecer um bilhão de doses através do COVAX, mas o plano foi suspenso devido ao grave surto que está se alastrando pelo território indiano.
Com um enorme abismo entre oferta e demanda, o mundo está urgentemente necessitado das doses de vacina chinesa, escreve o jornal Global Times.
A aprovação de uso emergencial da vacina chinesa aumentará grandemente o fornecimento do COVAX, como a produção da China muito provavelmente atingirá cinco bilhões de doses até o final do ano, contou ao jornal Global Times o especialista em vacinas de Xangai, Tao Lina.
O imunizante da Sinopharm é uma vacina inativada que pode ser entregue através de cadeia de frio comum a temperaturas entre dois e oito graus Celsius, enquanto a vacina da Moderna deve ser armazenada a uma temperatura de pelo menos 20 graus negativos, e a vacina da Pfizer – a 70 graus abaixo de zero.
Os requisitos de fácil armazenamento da vacina da Sinopharm a tornam altamente adequada para zonas carentes de recursos, de acordo com o comunicado da OMS emitido na sexta-feira (7).
Conforme consideram especialistas, a China pode ajudar regiões em condições de infraestrutura insatisfatórias através de veículos de cadeia de frio, bem como de formação de profissionais de saúde em matéria de vacinação.
O documento da OMS confirma que os especialistas têm "confiança total" na capacidade da vacina da Sinopharm na prevenção da COVID-19, e "baixa confiança" no risco de efeitos colaterais em doentes mais idosos.