Bill Nelson, administrador da agência espacial norte-americana NASA, criticou Pequim depois que os destroços do maior foguete chinês caíram no domingo (9) no oceano Índico.
"As nações exploradoras do espaço devem minimizar os riscos para pessoas e propriedades na Terra de reentradas de objetos espaciais, e maximizar a transparência em relação a essas operações", sugeriu em comunicado Bill Nelson, ex-senador e astronauta, que foi escolhido em março para o papel de administrador da NASA.
No final de abril, a China lançou o foguete Longa Marcha 5B com o módulo principal Tiangong (Palácio Celestial) para a futura estação orbital de Pequim.
O estágio gasto do foguete CZ-5B atraiu especulações sobre onde os detritos cairiam, bem como críticas sobre a falta de transparência. O Escritório de Engenharia Espacial Tripulada da China disse que a maioria dos detritos se queimou na atmosfera.
Mais tarde, a mídia chinesa relatou que partes do foguete reentraram na atmosfera às 10h24, horário de Pequim (23h24, horário de Brasília), e caíram nas coordenadas 72,47 graus de longitude leste e 2,65 graus de latitude norte.
O Comando Espacial dos EUA confirmou a reentrada dos destroços, mas referiu que a localização exata do impacto e a extensão dos detritos eram desconhecidas.
"É evidente que a China não está cumprindo as normas responsáveis com relação aos seus destroços espaciais", disse o administrador da NASA.
De acordo com Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, havia muito pouco risco de que objetos significativamente grandes atingissem o solo.
O foguete caiu no domingo (9) no oceano Índico. É esperado que o módulo principal que ele transportou se torne o centro de controle da estação orbital Tiangong (Palácio Celestial), cuja montagem a China quer terminar até 2022.