O governo dos EUA declarou o estado de emergência depois que uma das maiores redes de oleodutos, operada pela Colonial Pipeline, empresa transportadora de produtos refinados, ficou inoperacional devido a um ataque cibernético na sexta-feira (7).
"Os administradores regionais [...] declaram pela presente que existe uma emergência [...] Essa emergência é em resposta ao desligamento imprevisto do sistema Colonial Pipeline devido a problemas na rede que afetam o fornecimento de gasolina, diesel, combustível de aviação e outros produtos petrolíferos refinados", disse o Departamento de Transportes norte-americano em um comunicado no domingo (9).
O anúncio do governo permitirá o transporte imediato de combustível em caminhões-tanque para os territórios afetados.
A ruptura de abastecimento afetou os estados do leste e sul: Alabama, Arkansas, Washington D.C., Delaware, Flórida, Geórgia, Kentucky, Louisiana, Maryland, Mississippi, Nova Jersey, Nova York, Carolina do Norte, Pensilvânia, Carolina do Sul, Tennessee, Texas e Virgínia.
O canal Fox Business informou no domingo (10), citando uma fonte anônima próxima à investigação do caso, que a suspeita recai sobre uma gangue criminosa chamada DarkSide, ativa desde agosto de 2020 e que "cultiva uma imagem de Robin Hood de roubar de corporações e dar uma porção para a caridade", afirmando que não ataca alvos médicos, educacionais ou governamentais.
Segundo o relato, a falta de transparência sobre o caso tanto por parte da Colonial Pipeline como do DarkSide sugere que a primeira está pagando ou já pagou o resgate.
A Colonial Pipeline informou na sexta-feira (7) que tinha sido alvo de um ataque cibernético que a forçou a parar a operação de seus oleodutos. Segundo várias reportagens da mídia, o ataque cibernético foi realizado com um código malicioso que cifra os sistemas e exige um resgate para desbloqueá-los.
Segundo especialistas consultados no domingo (9) pelo jornal The New York Times, a restauração dos sistemas da Colonial Pipeline levará vários dias.