No encontro nesta quarta-feira (12), o presidente Emmanuel Macron se comprometeu a apoiar o argentino nas negociações dos prazos de pagamento das dívidas da Argentina.
Fernández está na Europa para encontrar apoiadores para retardar o pagamento da dívida argentina. Ele já recebeu o apoio de Lisboa e Madri, e deve se reunir com o papa Francisco, no Vaticano, na quinta-feira (13).
Eu encontrei um bom amigo no presidente da República francesa, Emmanuel Macron, com quem nos encontramos hoje [12]. Agradeço seu apoio nas negociações com o Clube de Paris e o FMI. É gratificante que a França reconheça nossos esforços e que possamos contar com seu total apoio.
A Argentina pretende devolver nos próximos três anos US$ 45 milhões (cerca de R$ 235,8 milhões), emprestados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) ao anterior governo de Maurício Macri.
Macron garantiu que buscaria prolongar o vencimento das dívidas da Argentina com o Clube de Paris e com o FMI. "Queremos que a Argentina chegue a um acordo quando antes possível", disse o presidente francês. "Também encorajamos a Argentina a discutir de forma construtiva com os credores do Clube de Paris", completou.
O presidente argentino aproveitou para "agradecer publicamente o apoio da França" nas negociações, escreve a Rádio França Internacional, lembrando que o Clube de Paris é um grupo de Estados credores especializado em evitar possíveis calotes através da renegociação bilateral da dívida pública.
Amazônia em pauta
Antes de se reunir com o presidente francês, Fernández disse partilhar uma visão semelhante à de Macron sobre problemas atuais, como as mudanças climáticas.
"Temos também uma preocupação com o tema climático que é uma genuína preocupação da França e nós sempre nos esforçamos para que o Acordo de Paris se aprofunde. Como bem disse o presidente, sua preocupação com o desenvolvimento da Amazônia é a mesma que temos nós", afirmou o argentino.
"Este esforço [de proteção da floresta] não tem que ser só argentino, mas do mundo inteiro. Terminar com o desmatamento, cuidar dos espaços verdes e entender de uma vez por todas que através dos bosques e das florestas nativas respira o mundo, e isso vamos proteger", concluiu Fernández.