Ministro da Defesa norueguês acusa Rússia de querer 'isolar' país de seus aliados

Após vários protestos vindos tanto da oposição política como da população local da cidade norueguesa de Tromso, Frank Bakke-Jensen, ministro da Defesa da Noruega, reflete sobre determinados comentários provenientes de especialista russo.
Sputnik

Vários cidadãos e entidades políticas do país expressaram seus receios na segunda-feira (10), quando um submarino nuclear americano de 115 metros atracou em um porto civil perto do centro da cidade de Tromso. O motivo: temerem que a zona possa se tornar um alvo para bombas.

No entanto, anteriormente, um especialista militar e editor-chefe russo, Aleksei Leonkov, teria também avisado que a estadia do submarino em Tromso poderia fazer com que o território norueguês ficasse mais vulnerável a ataques. Para Bakke-Jensen, tal observação serve como prova de que a Rússia estaria tentando ganhar direito de veto sobre a política de segurança da Noruega.

"Não há razão para a Rússia reagir com a retórica que está tendo agora, mas eles [a Rússia] estão tentando nos isolar de nossos aliados, bem como tentando obter o direito de veto quando se trata da política de segurança no norte", declarou o ministro da Defesa à emissora de notícias nacional NRK.

O mesmo também rejeita a ideia de que a expansão da cooperação entre a Noruega e a OTAN, e entre os EUA em particular, implique qualquer crescimento de riscos em relação à segurança – isto é, risco de ataque ou retaliação por parte da Rússia.

O estreitar de relações entre Oslo e Washington no setor militar, que inclui a presença rotativa de forças estadunidenses no país nórdico, tem resultado no aumento de tensões com a Rússia em meio a trocas de acusações de espionagem, interceptação de jatos militares e um discurso mais duro.

Contudo, a população norueguesa se sente dividida nessa questão, especialmente após um relatório das Forças Armadas do país ter avisado para consequências que poderiam acompanhar a inclusão de reforços estadunidenses na segurança da Noruega com a presença do submarino, tais como "morte, danos à saúde ao longo do tempo ou danos radioativos à natureza e ao meio ambiente".
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