Vários cidadãos e entidades políticas do país expressaram seus receios na segunda-feira (10), quando um submarino nuclear americano de 115 metros atracou em um porto civil perto do centro da cidade de Tromso. O motivo: temerem que a zona possa se tornar um alvo para bombas.
No entanto, anteriormente, um especialista militar e editor-chefe russo, Aleksei Leonkov, teria também avisado que a estadia do submarino em Tromso poderia fazer com que o território norueguês ficasse mais vulnerável a ataques. Para Bakke-Jensen, tal observação serve como prova de que a Rússia estaria tentando ganhar direito de veto sobre a política de segurança da Noruega.
"Não há razão para a Rússia reagir com a retórica que está tendo agora, mas eles [a Rússia] estão tentando nos isolar de nossos aliados, bem como tentando obter o direito de veto quando se trata da política de segurança no norte", declarou o ministro da Defesa à emissora de notícias nacional NRK.
O mesmo também rejeita a ideia de que a expansão da cooperação entre a Noruega e a OTAN, e entre os EUA em particular, implique qualquer crescimento de riscos em relação à segurança – isto é, risco de ataque ou retaliação por parte da Rússia.
O estreitar de relações entre Oslo e Washington no setor militar, que inclui a presença rotativa de forças estadunidenses no país nórdico, tem resultado no aumento de tensões com a Rússia em meio a trocas de acusações de espionagem, interceptação de jatos militares e um discurso mais duro.
Contudo, a população norueguesa se sente dividida nessa questão, especialmente após um relatório das Forças Armadas do país ter avisado para consequências que poderiam acompanhar a inclusão de reforços estadunidenses na segurança da Noruega com a presença do submarino, tais como "morte, danos à saúde ao longo do tempo ou danos radioativos à natureza e ao meio ambiente".