Na quinta-feira (13), a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que as acusações dos EUA sobre a ligação de Moscou com os ataques cibernéticos ao software da SolarWinds parecem cada vez "mais absurdas".
"As acusações contra Moscou são infundadas e são cada vez ainda mais absurdas", disse Zakharova.
"A administração Biden, em uma estilística de altamente provável, na tradição de acusar Moscou de todos os pecados reais e irreais, justificou a 95ª onda de sanções antirrussas através do hackeamento de equipamento correspondente que está sendo usado pelas instituições estatais dos EUA", segundo a representante oficial da chancelaria russa.
Zakharova disse que os serviços de inteligência norte-americanos usam "bandeira estrangeira" para provocações no intuito de "obter mais dinheiro do orçamento" dos EUA.
Em dezembro de 2020, várias instituições norte-americanas foram atacadas através do software da empresa SolarWinds. No início de janeiro, a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA, na sigla em inglês) publicou uma declaração do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) e outras instituições dos EUA que sugeriu que foi a Rússia quem organizou o ataque cibernético em massa.
Os alvos dos ataques seriam os dados de inteligência norte-americana. No entanto, foi declarado que os hackers não obtiveram acesso a informações sensíveis.
Os Estados Unidos impuseram sanções contra 32 entidades e indivíduos russos. Além disso, proibiram as instituições financeiras norte-americanas de comprar títulos do governo russo a partir de 14 de junho de 2021. Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que as sanções dos EUA são contra os interesses de ambos os países, enquanto as acusações são infundadas.