Conforme as palavras do coronel reformado Jeffrey McCausland, participar de uma "campanha antidemocrática" como essa, que pode levar à revisão dos resultados das eleições do presidente norte-americano, é arriscado.
McCausland notou que a carta referida cria um precedente perigoso, uma vez que os Estados Unidos são considerados "um dos poucos países democráticos, no qual os militares nunca ameaçaram tomar o poder".
"Isto é realmente, na minha opinião, um clássico exemplo muito ruim da erosão das relações civil-militares nos Estados Unidos da América, que é o alicerce de nossa democracia", expressou o militar em entrevista ao jornal HuffPost.
O fuzileiro naval reformado Alex McCoy, por sua vez, avaliou a carta de generais aposentados como uma traição.
"Historicamente, militares reformados têm sido um solo fértil para movimentos fascistas, golpes de Estado e ataques à democracia ou um apoio para os movimentos pró-democráticos [...], cumprindo a promessa de nossa Constituição contra um grupo pequeno de pessoas sedentas de poder que procuram nos dividir e minar a vontade do povo", considerou o fuzileiro naval reformado.
Do ponto de vista de McCoy, ao escrever tal carta, os veteranos traíram a maioria dos militares norte-americanos que permanece fiel a seus juramentos.
Em 10 de maio, mais de 120 generais e almirantes dos EUA publicaram uma carta aberta com críticas a Joe Biden, apontando que "a sobrevivência de nossa nação [...] está em jogo". Segundo os insatisfeitos, a saúde física e mental do líder norte-americano não lhe permite tomar rapidamente decisões no âmbito de segurança nacional.