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Com o maior índice de mortalidade por COVID-19 do mundo, Uruguai culpa variante brasileira

As taxas de contágio no Uruguai começaram a aumentar em novembro e dispararam nos últimos meses, aparentemente por causa da variante mais contagiosa identificada pela primeira vez no Brasil.
Sputnik

Nesta última semana, a taxa de mortalidade per capita por COVID-19 no Uruguai foi a maior do mundo, alcançando 14,23 mortes por milhão de habitantes no dia 13 de maio, segundo o site Our World in Data, da Universidade de Oxford.

Até ontem (13), pelo menos 3.252 pessoas morreram de COVID-19 no país de apenas 3,4 milhões de habitantes, segundo informações do jornal O Globo.

Seis dos 11 países com as maiores taxas de morte per capita hoje estão na América do Sul. Em sua maioria, os países da região não conseguiram adquirir vacinas suficientes para imunizar suas populações rapidamente.

As taxas de contágio no Uruguai começaram a aumentar em novembro e dispararam nos últimos meses. Especialistas no país creditam a atual crise ao aparecimento da variante brasileira do coronavírus.

"No Uruguai, é como se tivéssemos duas pandemias, uma até novembro de 2020, quando as coisas estavam sob controle, e outra a partir de novembro, com a chegada da primeira onda ao país", afirmou o vice-ministro da Saúde, José Luis Satdjian.

Em seguida, ele completou: "Nós temos uma nova figura na situação e é a variante brasileira, que atingiu nosso país com muita força".

O país com a segunda maior taxa de mortes per capita é o vizinho Paraguai (10,9 por milhão de habitantes). No Brasil, a taxa é de 9,05 por milhão.

O Uruguai fechou suas fronteiras no início da pandemia, mas cidades ao longo da fronteira com o Brasil são efetivamente binacionais e o trânsito é intenso.

Apesar do alto número de casos, há otimismo de que o país poderá controlar a situação em breve, já que é um dos poucos na região que tem conseguido avançar rapidamente em sua campanha de vacinação: cerca de 25% da população foi totalmente imunizada.

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