Certos dinossauros cresceram 'como árvores' quando havia boas condições, indica estudo

Pesquisadores do Museu Americano de História Natural, EUA, estudaram os padrões de crescimento dos dinossauros, descobrindo "anéis de crescimento" nos seus ossos, tal como nas árvores.
Sputnik

Alguns dinossauros cresceram ao longo de suas vidas a um ritmo que dependia das condições de seu ambiente, revela um estudo publicado na revista Biology Letters.

Alguns desses animais pré-históricos, particularmente o Massospondylus carinatus, passaram por fases de crescimento de maior ou menor intensidade, dependendo de sua saúde e de seu habitat, ou seja, em anos com melhores condições, estes dinossauros poderiam praticamente dobrar de tamanho.

​Fósseis: os ossos de dinossauros sul-africanos de 200 milhões de anos revelaram que cresceram de forma variável, como uma árvore.

A maioria dos animais, incluindo os humanos, cresce de forma constante durante um período de tempo e para de crescer quando chega à idade adulta biológica. No entanto, o Massospondylus crescia de forma semelhante às árvores, dependendo diretamente de fatores ambientais como a dieta e o clima, informou na quarta-feira (12) o jornal New York Post.

O padrão de crescimento esporádico destes dinossauros é devido a sua estrutura óssea única, em que existem "anéis de crescimento" como em muitas espécies de árvores, explicam os autores da pesquisa.

Em um ano eles podiam ganhar 100 kg de peso corporal, e no ano seguinte eles apenas cresciam 10 quilos, conforme explicou a paleontóloga Kimberley Chapelle, autora do estudo.

Certos dinossauros cresceram 'como árvores' quando havia boas condições, indica estudo

Em anos abundantes, o dinossauro da Era Triássica aumentavam de peso a um ritmo desenfreado. Em épocas menos afortunadas, porém, o Massospondylus cortaria o crescimento para economizar energia.

Os limites do tamanho que estes animais poderiam atingir são desconhecidos, mas alguns fósseis da espécie indicam que um Massospondylus de tamanho médio poderia pesar cerca de meia tonelada.

As descobertas "nos mostram que ainda há muito a aprender sobre essas criaturas únicas", disseram os paleontólogos do Museu Americano de História Natural, EUA.

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