Cerca de dez mil moradores da Faixa de Gaza foram forçados a deixar suas casas devido aos bombardeios de Israel, segundo o ministro das Relações Exteriores da Palestina, Riyad al-Maliki.
A declaração do ministro foi feita durante a reunião de emergência da Organização para a Cooperação Islâmica, que foi convocada pela Arábia Saudita em formato de videoconferência devido à escalada do conflito entre a Palestina e Israel.
O chanceler palestino adicionou que centenas de edifícios foram destruídos em diferentes partes do território. O ministro apelou à criação de uma "frente internacional que se oponha à agressão israelense contra o povo palestino".
Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde da Palestina, o número de mortos durante os bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza subiu para 188 pessoas, inclusive 55 crianças.
"O número total dos palestinos mortos durante os ataques aéreos israelenses contra a Faixa de Gaza, desde o início da escalada do conflito, é de 188, inclusive 55 crianças e 33 mulheres. Outras 1.230 pessoas ficaram feridas", de acordo com o comunicado do ministério.
Por sua vez, o major-general Ori Gordin, das Forças de Defesa de Israel, disse que o número total de mortos do lado israelense é de dez pessoas, cerca de 50 ficaram gravemente feridas e centenas sofreram ferimentos durante o conflito entre a Palestina e Israel.
Além disso, o major-general israelense afirmou que os grupos palestinos aumentaram significativamente o alcance e a intensidade dos ataques contra Israel, especialmente contra suas regiões centrais, em comparação com bombardeios anteriores de 2019, 2014, 2012 e 2008. Durante as últimas 24 horas foram lançados mais foguetes contra Tel Aviv que durante toda a operação Margem Protetora em 2014.
O sistema de defesa antimíssil de Israel Cúpula de Ferro intercepta aproximadamente 90% dos foguetes disparados desde a Faixa de Gaza, no entanto, até os foguetes abatidos representam perigo para a vida e saúde das pessoas, segundo Gordin.
A situação na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza se agravou na noite de 11 de maio. Desde o começo dos combates e até domingo (16), mais de 2.900 foguetes foram disparados de Gaza contra o território israelense. Israel, por sua vez, também realizou centenas de ataques contra o território palestino.