As declarações ocorreram durante o discurso do chanceler em reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) abordando a recente escalada das tensões entre Israel e Palestina.
"Não há palavras que possam descrever os horrores que nosso povo está sofrendo", disse al-Maliki.
De acordo com o diplomata, os foguetes que Israel disparou contra instalações suspeitas do Hamas desde o início da escalada em 11 de maio já mataram quase 200 palestinos, um terço dos quais são crianças e mulheres. Do lado israelense ocorreram dez fatalidades.
"Israel não é apenas uma potência ocupante. Israel é uma potência nuclear. Tem um arsenal militar, Cúpula de Ferro [sistema de defesa antimísseis], abrigos, enquanto nosso povo em Gaza está sitiado, preso sem nenhuma promessa de ir para um local seguro", apontou o ministro.
O consenso internacional para o conflito de décadas está sendo destruído atualmente, segundo acrescentou Al-Maliki, apontando ainda que Israel preferia a alternativa do apartheid a um acordo pacífico.
A escalada entre os dois países começou na noite de 11 de maio. Até este domingo (16), mais de 3.000 foguetes foram lançados contra o território israelense, partindo da Faixa de Gaza. Já Israel afirma ter atingido mais de 1.500 alvos do Hamas.