Os construtores navais russos usam todas as tecnologias furtivas modernas, disse à Sputnik Vladimir Pospelov, membro do conselho da Comissão da Indústria de Defesa da Rússia e do Conselho Naval junto do governo da Rússia.
"Esta área vai ser desenvolvida, mas é preciso entender claramente que um navio não é uma agulha. As capacidades dos grupos de satélites e do reconhecimento aéreo permitem detectar qualquer navio", afirmou o especialista.
O objetivo de redução da visibilidade das embarcações aos radares é atingido usando diferentes métodos, primeiramente através da arquitetura do próprio navio. Os destróieres e cruzadores de gerações anteriores tinham muitas antenas projetadas para fora, "pareciam ouriços", disse o especialista. Nas corvetas começaram a usar um mastro integrado, todas as antenas são escondidas na superestrutura.
Outro método para reduzir a visibilidade aos radares é usar materiais compostos e revestimentos e tintas especiais, segundo Pospelov.
Além da inteligência por satélite, a atividade de rádio do navio furtivo ajuda a detectar sua localização. O navio não pode navegar mantendo silêncio de rádio permanente, destacou o especialista.
"Logo que um dispositivo emissor é ligado, [o navio] será detectado por meios de inteligência de rádio", explicou Pospelov.
A invisibilidade aos radares é sobretudo necessária quando a embarcação é atacada com mísseis antinavio com ogivas guiadas por radar. Mas essa questão é resolvida com sucesso usando meios de guerra eletrônica, concluiu o especialista russo.