Colômbia perde direito de sediar Copa América em meio aos protestos no país

A Colômbia não sediará a Copa América 2021 por ter solicitado adiamento do torneio para novembro. A nação sul-americana vem enfrentando protestos e onda de casos positivos da COVID-19.
Sputnik

A Confederação Sul-Americana de Futebol (CONMEBOL) informou na quinta-feira (20) que os jogos da Copa América, que deveriam ser realizados na Colômbia, acontecerão em outro lugar pela impossibilidade colombiana de sediar o torneio nas datas previstas.

"Diante do pedido formal do governo colombiano de reprogramar a CONMEBOL Copa América para o mês de novembro, a CONMEBOL informa o seguinte: por razões relacionadas ao calendário internacional de competições e à logística do torneio, é impossível adiar a Copa América 2021 para o mês de novembro", segundo o comunicado da confederação.

A CONMEBOL agradeceu o presidente colombiano, Iván Duque, o presidente da Federação Colombiana de Futebol, Ramón Jesurún, e colaboradores pelo entusiasmo e empenho. A confederação acrescentou que nos próximos dias anunciará onde acontecerão as partidas.

Anteriormente, a revista Marca informou, citando fontes da CONMEBOL, que a Colômbia perderia o direito de sediar a Copa América depois do surgimento de uma carta de "insatisfação" do Departamento de Estado dos EUA. A carta teria indicado a impossibilidade de realizar o torneio devido às situações política e pandêmica na Colômbia.

A Copa América, adiada para 2021, estava programada para acontecer na Argentina e na Colômbia, e, com a retirada colombiana, tudo indica que todas as partidas acontecerão em solo argentino entre 13 de junho e 10 de julho.

Protestos na Colômbia foram iniciados contra a reforma tributária proposta pelo governo de Iván Duque de aumento de impostos, e acabaram ganhando força contra as más condições de vida. Durante confrontos entre manifestantes e policiais, segundo dados do Ministério da Defesa colombiano, mais de 1,9 mil pessoas ficaram feridas. O governo da Colômbia anunciou a morte de 15 pessoas, enquanto os defensores dos direitos humanos revelam que mais de 50 pessoas morreram.

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