Japão: custo de 2 destróieres com sistema norte-americano Aegis quase dobra e vai a US$ 8,2 bilhões

O Japão planejava inicialmente implantar o sistema de defesa antimíssil Aegis Ashore para enfrentar a ameaça de mísseis norte-coreanos, mas o plano foi descartado em junho do ano passado.
Sputnik

Dois novos destróieres equipados com sistemas de combate Aegis vão custar ao Japão pelo menos US$ 8,27 bilhões, cerca de 900 bilhões de ienes (aproximadamente R$ 44 bilhões), muito mais do que o anunciado anteriormente, informou a agência Kyodo nesta sexta-feira (21), citando fontes do governo.

O valor é muito superior à estimativa inicial do Ministério da Defesa japonês, de 500 bilhões de ienes (R$ 24 bilhões), embora inclua os custos de reparo, combustível e outras despesas de manutenção por três décadas, reporta a mídia.

O secretário-chefe de gabinete japonês, Katsunobu Kato afirmou que a estimativa final "será feita a partir de agora" e que o Ministério da Defesa japonês terá que "pensar em uma forma de explicar" os custos para que o público entenda isto.

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Destróieres com sistemas Aegis

O governo do então primeiro-ministro Shinzo Abe planejava inicialmente implantar o sistema de defesa antimíssil Aegis Ashore, desenvolvido nos EUA, para enfrentar a ameaça de mísseis norte-coreanos. Mas o plano foi descartado em junho do ano passado devido a problemas técnicos, custos crescentes e oposição pública.

Em dezembro de 2020, o Japão aprovou a construção de dois navios de guerra equipados com sistemas de combate Aegis como uma alternativa aos Aegis Ashore.

Com os novos radares poderosos, os dois novos destróieres têm como objetivo reforçar as defesas contra ataques de mísseis. Mas os custos de colocar os novos radares Aegis em navios pode aumentar ainda mais, porque além de custos mais altos de construção, pessoal e manutenção, o Japão pode precisar de até seis navios armados com mísseis interceptores para garantir que tenha pelo menos dois operando a qualquer momento, reporta a agência Reuters.

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