Convocado por aliados e apoiadores, o ato começou com uma carreata puxada por motociclistas, batizada de "motociata". Após circular por diversos bairros da cidade, ela foi encerrada no Monumentos dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, ligação entre a zona sul e o centro do Rio de Janeiro.
Sem máscara, Bolsonaro caminhou entre os presentes e subiu em um carro de som. Ele fez um curto discurso para os manifestantes. O general Eduardo Pazuello subiu no veículo e ficou ao lado do presidente, também sem usar máscara, assim como o deputado federal Luiz Lima (PSL).
"Fique bem claro para vocês, o meu Exército brasileiro jamais irá às ruas para manter vocês em casa", disse o presidente, segundo o portal UOL. "O meu Exército brasileiro, e a nossa Polícia Militar, a nossa Polícia Rodoviária Federal que está aqui", acrescentou.
Durante o ato, era possível ver alguns manifestantes pedindo intervenção militar e criticando o STF. Em alguns momentos, houve palavras de ordem a favor do tratamento precoce contra a COVID-19 com uso de remédios sem eficácia comprovada.
A bandeira do voto impresso também foi defendida na manifestação. Houve ainda gritos contra o trabalho da imprensa. Imagens divulgadas pelas redes sociais mostraram um repórter da CNN sendo hostilizado ao cobrir o ato. Aos gritos de "lixo", ele teve que ser escoltado para fora da manifestação por policiais.
O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a comissão vai pedir informações ao governo e à prefeitura do Rio de Janeiro sobre a aglomeração provocada pelo presidente na cidade.
O uso da máscara é obrigatório no município e eventos com aglomerações estão proibidos. Ao participar do ato sem máscara, Pazuello também descumpriu determinações do Exército.