EUA e OTAN estão 'bombeando' o Exército da Ucrânia, diz MRE da Rússia

Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, participa de reunião com seu homólogo grego Nikos Dendias em Sochi, Rússia, 24 de maio de 2021
Os países ocidentais estão ajudando a aumentar as capacidades militares da Ucrânia ao mesmo tempo que denunciam os exercícios militares anuais da Rússia dentro de suas fronteiras, segundo Sergei Lavrov.
Sputnik

Os EUA e seus aliados da OTAN estão fortalecendo o Exército ucraniano com apoio militar, financeiro e material, declarou na segunda-feira (24) Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia.

"Gostaria de chamar a atenção para o fato de que os EUA e seus aliados da OTAN estão aumentando a atividade militar no território da Ucrânia e no mar Negro. Estão 'bombeando' o Exército ucraniano com armas, fornecendo-lhe apoio financeiro e material e treinando as Forças Armadas da Ucrânia em métodos de guerra da OTAN", disse o diplomata russo em entrevista ao jornal Argumenty i Fakty.

De acordo com ele, a Ucrânia planeja realizar só em 2021 sete exercícios militares conjuntos com países da OTAN em seu território, particularmente o Defender Europe 2021, o maior da Aliança Atlântica.

"A Rússia é obrigada a levar tudo isso em conta em seu planejamento militar", comentou o ministro, observando que a militarização da Ucrânia não contribui para a solução do conflito em Donbass, onde militares ucranianos combatem forças das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk.

Lavrov também sublinhou que os exercícios planejados das Forças Armadas da Rússia são realizados todos os anos em território russo e sempre a uma distância considerável de Donbass.

"São estes exercícios, que já terminaram, que Kiev, com o apoio dos países ocidentais, tentou fazer passar como um aumento da tensão", disse o alto responsável russo.

O conflito em Donbass é discutido, inclusive, durante as reuniões em Minsk, Belarus, do grupo de contato, que desde setembro de 2014 já adotou três documentos que regulamentam os passos para terminar o conflito. No entanto, mesmo após os acordos de cessar-fogo, as hostilidades têm continuado.

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