A União Europeia (UE) convocou na segunda-feira (24) Aleksandr Mikhnevich, o embaixador bielorrusso na UE, para protestar contra a aterrissagem de emergência do avião da companhia aérea Ryanair em Minsk, disse o Serviço Europeu de Ação Externa (EEAS, na sigla em inglês) em comunicado.
"A pedido do alto representante Josep Borrell, o secretário-geral do Serviço Europeu de Ação Externa, Stefano Sannino, convocou o embaixador da República de Belarus na União Europeia, Aleksandr Mikhnevich, para condenar a medida inadmissível das autoridades bielorrussas, que forçaram um avião civil a realizar uma aterrissagem de emergência em Minsk e detiveram seu passageiro Roman Protasevich, jornalista e ativista bielorrusso independente", comunicou o EEAS.
O comunicado disse ainda que a ação "comprometeu a segurança dos passageiros e da tripulação".
Segundo a declaração, o diplomata foi informado sobre a "firme condenação" do incidente pelos Estados-membros da UE, com Bruxelas exigindo a libertação de Protasevich.
Assim como referido no domingo (23), no dia do incidente, o EEAS mencionou que o Conselho Europeu discutirá as ações e possíveis medidas a tomar no encontro desta segunda-feira (24).
O avião da Ryanair estava realizando um voo de Atenas, Grécia, a Vilnius, Lituânia. Quando se encontrava no espaço aéreo bielorrusso, a Força Aérea de Belarus obrigou o avião a fazer um pouso de emergência em Minsk, alegando a presença de uma bomba a bordo, que não foi encontrada.
Entretanto, não é a primeira vez que algo assim acontece. Em 2013, o avião com o então presidente da Bolívia Evo Morales foi obrigado a aterrissar no aeroporto de Viena, por suspeita de presença do ex-agente da CIA Edward Snowden a bordo. O avião seguia de Moscou rumo à Bolívia, quando França, Portugal, Itália e Espanha fecharam seu espaço aéreo para avião. Depois de todos os passageiros terem passado pelo controle de passaporte no aeroporto de Viena, revelou-se que Snowden não estava a bordo.