O funcionário norte-americano visitou Israel para conversar com autoridades locais, entre elas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
A recente escalada de confrontos entre Israel e Hamas teve início na noite de 11 de maio e matou mais 250 pessoas, a maioria palestinos. Um cessar-fogo entrou em vigor na sexta-feira (21).
"Nós nos opomos a quaisquer medidas tomadas por qualquer um dos lados que possam gerar violência ou, ao longo do tempo, prejudicar a perspectiva de retorno a uma solução de dois Estados. Isso inclui a atividade de assentamento, inclui demolições, inclui despejos, inclui incitação à violência, inclui o pagamento a terroristas", disse Blinken em coletiva de imprensa.
O secretário de Estado afirmou ainda que havia a possibilidade de uma retomada de esforços para se alcançar a solução de dois Estados, segundo ele a "única maneira" de garantir a paz para Israel e uma nação aos palestinos.
"Em última análise, existe a possibilidade de retomar os esforços para alcançar uma solução de dois Estados, a qual continuamos a acreditar ser a única maneira de realmente garantir o futuro de Israel como um estado judeu e democrático e, claro, dar aos palestinos o Estado que eles têm direito", afirmou Blinken em Jerusalém.
Reabertura de consulado
Além disso, o secretário de Estado anunciou que a Casa Branca vai continuar com o processo de reabertura de seu consulado em Jerusalém Oriental e reforçará laços com os palestinos. A declaração foi feita em Ramallah, na Cisjordânia, após encontro com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
O consulado norte-americano em Jerusalém Oriental foi fechado em 2017, quando o ex-presidente Donald Trump reconheceu Jerusalém como capital de Israel. Em 2018, os EUA transferiram sua embaixada no país para a capital israelense.