Ofensiva chinesa contra criptomoedas acelera mudanças de 'mineradoras' para Ásia Central e América

O negócio de criptomoedas é gigante na China, embora a participação de mercado do país esteja diminuindo há anos devido à incerteza regulatória.
Sputnik

Uma ofensiva da China contra o comércio de criptomoedas está acelerando rapidamente a mudança de foco dos fabricantes de máquinas para "minerar" criptomoedas como bitcoin de Pequim para a América do Norte e a Ásia Central, enquanto os clientes chineses enfrentam um futuro incerto, reporta a agência Reuters nesta quarta-feira (26).

Na semana passada, o governo chinês prometeu reprimir a mineração e o comércio de bitcoins no país, levando algumas mineradoras a interromper todas ou parte de suas operações. Atualmente, a China é responsável por mais da metade do suprimento mundial de criptomoedas.

Ofensiva chinesa contra criptomoedas acelera mudanças de 'mineradoras' para Ásia Central e América
A empresa Ebang International, sediada em Hangzhou, capital da província chinesa de Zhejiang, disse que suas "máquinas de mineração continuarão escassas" no exterior, mesmo que as vendas domésticas desapareçam.

Por outro lado, a empresa BIT Mining Ltd, sediada em Shenzhen, na província chinesa de Guangdong, afirmou em um comunicado que chegou a um acordo com uma empresa sediada no Cazaquistão para investir em um centro de processamento de dados de mineração de criptomoedas no país da Ásia Central.

Edward Lu, vice-presidente sênior da empresa Canaan Inc, outra fabricante chinesa de máquinas de mineração, disse à mídia que estava procurando outros mercados semelhantes.

"A estratégia deve ser desenvolver vigorosamente mercados como o Cazaquistão, Canadá e norte da Europa, onde os recursos energéticos são abundantes e baratos, enquanto as regulamentações são claras e previsíveis."

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Computadores poderosos

Para a mineração de criptomoedas como o bitcoin são necessários computadores cada vez mais poderosos e especialmente projetados, conhecidos como "plataformas", para verificar transações e produzir as moedas virtuais.

O negócio, que é um grande consumidor de energia, é gigante na China, embora a participação de mercado do país esteja diminuindo há anos devido à incerteza regulatória, afirma a mídia.

Se a China perder rapidamente seu poder de criptografia, os mineradores estrangeiros se beneficiarão, afirma Alex Ao, vice-presidente da empresa Innosilicon Technology, que fabrica plataformas de mineração de criptografia.

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