"Nada mudou em relação à missão na Síria no que diz respeito a operações de combate contra o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e outros países] em consonância com o trabalho que a coalizão vem fazendo desde 2014. É certamente uma pequena presença, menos de 1.000 [soldados], mas eles estão trabalhando com as Forças Democráticas da Síria [FDS] no terreno para continuar a realizar as operações contra Síria, e isso não mudou", afirmou o porta-voz.
Respondendo à questão se o contingente dos EUA permanecerá na Síria até uma solução completa ser atingida, Kirby afirmou que as forças norte-americanas estavam no solo sírio para combater o Daesh.
"Eles [militares] não estão envolvidos em outros problemas, problemas mais amplos dentro da Síria relacionados à guerra civil. Eles estão lá para combater o Daesh e, em última instância, cabe ao comandante supremo decidir quanto tempo eles vão permanecer lá", acrescentou o porta-voz do Pentágono.
Segundo Kirby, o futuro da presença de tropas norte-americanas no país só será possível de ser julgado levando em conta a gravidade da ameaça.
"E isso vai ser, tenho a certeza, avaliado em função da prevalência da ameaça, a gravidade da ameaça. É como dizemos hoje, ainda justifica a sua presença [dos EUA]. Ainda merece a nossa atenção e essas operações é onde estamos. Eu simplesmente não posso especular sobre o futuro", explicou.
Os contingentes de militares norte-americanos se encontram estacionados nas províncias sírias de Al-Hasakah e de Deir ez-Zor. Estas áreas possuem as maiores reservas de petróleo e de gás natural do país. Por este motivo, em diversas vezes, as autoridades sírias declararam que a presença das forças estadunidenses nestas províncias viola a soberania da Síria, bem como o direito internacional, uma vez que Washington nunca foi autorizado a intervir em Damasco.