Chanceleres do G7 condenam prisão de blogueiro ativista e ameaçam impor sanções a Minsk

No domingo (23), um avião com mais de 120 passageiros a bordo realizou uma aterrissagem de emergência em Minsk. Durante a escala forçada, as autoridades bielorussas detiveram o blogueiro opositor Roman Protasevich.
Sputnik

Os chanceleres do grupo que reúne as sete principais nações industrializadas do mundo (G7) condenaram nesta quinta-feira (27) a prisão do blogueiro opositor bielorrusso Roman Protasevich, fundador do canal Nexta do Telegram, e ameaçam aplicar sanções a Belarus.

"Nós, os ministros das Relações Exteriores do G7 do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido, EUA e o alto representante da União Europeia, condenamos nos termos mais veementes a ação sem precedentes das autoridades bielorrussas ao prender o jornalista independente Roman Protasevich e sua companheira, Sofia Sapega, depois de forçarem o voo FR4978, no qual viajavam, a pousar em Minsk, em 23 de maio", lê-se no comunicado conjunto dos chanceleres do G7.

O G7 também condenou as ações de Belarus que levaram ao pouso de emergência do avião da companhia Ryanair que "comprometeu a segurança dos passageiros e da tripulação do voo".

"Exigimos a libertação imediata e incondicional de Roman Protasevich, bem como de todos os outros jornalistas e prisioneiros políticos detidos em Belarus. Aumentaremos nossos esforços, inclusive por meio de novas sanções, conforme apropriado, para promover a responsabilização pelas ações das autoridades bielorrussas", diz o comunicado.

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Aterrissagem de emergência em Minsk

No domingo (23), um avião da Ryanair com mais de 120 passageiros a bordo, que fazia a rota entre Atenas e Vilnius, realizou uma aterrissagem de emergência em Minsk por uma suposta ameaça de bomba, que depois foi confirmada como falsa.

Durante a sua escala forçada em Minsk, as autoridades bielorussas detiveram o blogueiro Roman Protasevich e sua companheira, Sofia Sapega, que é cidadã russa.

Protasevich, que teve seus canais no Telegram, que são considerados extremistas em Belarus, utilizados para coordenar protestos pós-eleitorais no país, é acusado por Minsk de vários delitos, entre eles organização de distúrbios públicos, o que pode lhe render uma pena de até 15 anos de prisão.

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