Michelle Bachelet falou durante a sessão extraordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra, dedicada à "grave situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados", decorrente de 11 dias de conflito armado entre Israel e o Hamas.
Servidores do comissariado da ONU analisaram as circunstâncias das mortes de 270 palestinos, entre eles 68 crianças, principalmente em Gaza, além de alguns casos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Em Israel, os foguetes lançados a partir da Faixa mataram 12 pessoas.
De acordo com Bachelet, apesar de Israel assegurar que a maioria dos prédios e casas bombardeados em Gaza abrigavam grupos armados, "não observamos provas a respeito".
Para a alta comissária, "se for verificado que os ataques [israelenses] foram realizados de forma indiscriminada e desproporcional, eles poderiam constituir um crime de guerra", disse Bachelet.
Após os comentários da executiva, Benjamin Netanyahu criticou a postura da entidade em suas redes sociais.
A vergonhosa decisão de hoje é mais um exemplo da flagrante obsessão anti-Israel do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
"Mais uma vez, uma maioria automática imoral no Conselho encobre uma organização terrorista genocida que almeja deliberadamente civis israelenses enquanto transforma os civis de Gaza em escudos humanos", escreveu, em outra publicação.
"Isso ao mesmo tempo em que retrata como a 'parte culpada' uma democracia que age legitimamente para proteger seus cidadãos de milhares de ataques indiscriminados com foguetes. Esta farsa zomba do direito internacional e incentiva terroristas em todo o mundo", concluiu Netanyahu.