Ante retirada de tropas dos EUA, militares afegãos estariam rendendo seus postos ao Talibã

Segundo informa a mídia estadunidense, no mês passado, vários postos e bases pertencentes ao Exército Nacional Afegão foram rendidos ao Talibã (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países).
Sputnik

Conforme reporta o The New York Times, pelo menos 26 instalações nas províncias de Laghman, Baghlan, Wardak e Ghazni, decidiram que a partir do dia 1º de maio seria melhor se aceitassem os termos do Talibã e se rendessem ao mesmo, ao invés de esperar por reforços das forças nacionais.

Muitos dos militares afegãos que se renderam teriam recebido dinheiro e roupas civis, sendo em seguida mandados embora após gravarem declarações de que não voltariam para o Exército afegão, e entregando ao Talibã suas informações de contato.

Tais eventos perpetrados pela organização terrorista pretendem mostrar o impacto real da retirada das forças dos EUA do Afeganistão, alimentando o receio da comunidade internacional e, nomeadamente, dos cidadãos afegãos em especial.
Ante retirada de tropas dos EUA, militares afegãos estariam rendendo seus postos ao Talibã

Vários especialistas, na verdade, vêm avisando de que com a retirada dos EUA do país, o Talibã e outros grupos terroristas, como a Al-Qaeda (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países), venham a dominar por completo o Estado afegão, gravemente afetado por duas décadas de conflito armado, bem como propagarem sua influência na região.

As operações militares norte-americanas em solo afegão já duram 20 anos, e em fevereiro de 2020, ainda sob presidência de Donald Trump, se viram forçadas em acordar um cessar-fogo com o Talibã, comprometendo-se a abandonar o país até o dia 1º de maio deste ano. Contudo, o presidente democrata, Joe Biden, já anunciou que a data final será até 11 de setembro, e até agora suas forças já foram retiradas do Afeganistão em cerca de 20%.

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