Contudo, o Departamento Federal de Assuntos Estrangeiros da Suíça, por sua vez, afirmou que não tinha conhecimento de qualquer ameaça de bomba.
"Já foi estabelecido, e estamos prestando especial atenção, que várias mensagens sobre uma bomba na aeronave foram recebidas via e-mail anônimo da Suíça, fornecido pelo ProtonMail – às 12h25 e às 12h56 [06h25 e 06h56, no horário de Brasília]. No momento, os registros das negociações com os pilotos do avião estão sendo estudados e analisados detalhadamente, e inúmeras outras ações de investigação estão em andamento", informou o comitê belarusso à Sputnik.
Na segunda-feira (24), um avião da companhia aérea britânica Ryanair, com destino à capital da Lituânia, Vilnius, teve sua rota desviada para Minsk, em Belarus.
A bordo estava Roman Protasevich, fundador do Nexta, canal do aplicativo de mensagens Telegram, considerado extremista em Belarus. Ele foi detido após ter seus documentos verificados na capital belarussa e receber acusações de organização de motins maciços, podendo enfrentar até 15 anos de prisão. Por esse motivo, este ato chegou a ser mesmo caraterizado "sequestro patrocinado pelo Estado".
Apesar de Belarus ter por várias vezes garantido que as suas autoridades agiram de acordo com as normas internacionais – tendo até publicado a transcrição da conversa entre o controlador de tráfego aéreo de Belarus e o piloto do avião em questão – vários países, principalmente da União Europeia, têm imposto medidas punitivas como resposta ao sucedido.