A imagem é uma composição de 370 observações feitas ao longo das duas últimas décadas pelo telescópio orbital Chandra X-Ray, mostrando bilhões de estrelas e inúmeros buracos negros no "centro", ou coração, da Via Láctea. Um radiotelescópio na África do Sul também contribuiu para a criação da imagem, por contraste.
Desvende as linhas de gás superaquecido e os campos magnéticos que compõem a tapeçaria de energia de nossa galáxia, a Via Láctea. Uma nova imagem do telescópio Chandra X-Ray traz à vida o gigantesco mosaico de dados que entrelaça esta obra-prima cósmica.
O responsável pela foto, o astrônomo Daniel Wang da Universidade de Massachusetts Amherst, contou hoje (28) à agência de notícias Associated Press que passou um ano trabalhando na imagem, enquanto permanecia isolado em casa por conta da pandemia.
"O que vemos na foto é um ecossistema violento e energético no centro da nossa galáxia", afirmou Wang, citado pela AP. "Há muitos remanescentes de supernovas, buracos negros, e estrelas de nêutrons ali. Cada ponto ou marca no raio-X representa um fonte de energia, a maioria delas no centro", acrescentou.
Este confuso e altamente energético centro galáctico está a cerca de 26.000 anos-luz de distância da Terra.
O trabalho de Wang será publicado na edição de junho da revista científica da Royal Astronomical Society.
Fios de gás superaquecido e campos magnéticos estão tecendo uma tapeçaria de energia neste novo panorama do centro de nossa galáxia, a Via Láctea. Com aproximadamente 1.000 anos-luz de diâmetro e 2.000 anos-luz de comprimento, esta imagem nos ensina mais sobre o nosso clima no espaço galáctico que é impulsionado por fenômenos voláteis, como explosões de supernovas e erupções de matéria de regiões próximas a Sagittarius A*, o buraco negro supermassivo de nossa galáxia.