Guerra 'para sempre': líder do Hamas explica por que não vê fim para conflito com Israel

Em uma das primeiras entrevistas após sair de seu esconderijo, Yahya Sinwar, líder do Hamas, admite ter previsto que o conflito israelo-palestino não teria fim.
Sputnik

Há várias semanas, Sinwar desapareceu completamente durante os 11 dias de conflito entre Israel e a Palestina, iniciado oficialmente após o Hamas lançar foguetes contra cidades israelenses como resposta à expulsão de famílias palestinas de suas casas.

Ao longo da Operação Guardião dos Muros – que foi como Israel batizou a campanha contra o Hamas – não o conseguiram encontrar em lugar nenhum, tendo ele apenas voltado depois que o cessar-fogo foi declarado, de acordo com o Israel Hayom.

Guerra 'para sempre': líder do Hamas explica por que não vê fim para conflito com Israel

O líder do Hamas explicou que o grupo entrou na última onda de violência "para entregar uma mensagem aos israelenses; apenas uma mensagem [...] Queríamos apenas enviar uma mensagem aos israelenses de que não permitiremos que eles tomem a mesquita de Al-Aqsa, Jerusalém ou o bairro de Sheikh Jarrah", declarou. "Isso é o que definirá o futuro próximo", concluiu Sinwar, após ser questionado se outra escalada de tensões poderia começar em breve, citado pela mídia israelense.

"A batalha entre nós e Israel continuará para sempre", declarou o líder do grupo considerado terrorista por Israel e pelos EUA. Sinwar justifica que não consegue imaginar qualquer forma de reconciliação com o Estado judeu, uma vez que, nas suas palavras, Israel está "ocupando nossa terra, deslocando nosso povo, confiscando terras e atacando locais sagrados", citado na matéria.
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Quando foi questionado sobre se crimes de guerra teriam sido cometidos pelo Hamas durante o conflito, Sinwar respondeu que o grupo apenas estava agindo em legítima defesa.

Na verdade, o mesmo indicou que não é justo comparar as ações do Hamas e as das forças israelenses, quando ambos possuem um arsenal militar diferente e bastante desproporcional entre si. De igual modo, Sinwar afirmou que, se o Hamas tivesse as mesmas condições bélicas que Israel, o grupo não atacaria cidades.
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