Anteriormente, a administração Biden divulgou um comunicado com a declaração de que não descarta a versão da disseminação da COVID-19 por acidente durante experimentos em laboratório. O mesmo presidente deu à inteligência norte-americana um prazo de 90 dias para investigar essa hipótese.
"É preciso nos guiarmos pela unidade e cooperarmos, em vez de nos confrontarmos, e ainda mais de agirmos segundo a vontade de países individuais. O lado chinês mantém um posicionamento aberto e está pronto para cooperação, nós convidamos por duas vezes os especialistas da OMS à China a fim de colaborarem na identificação das origens do vírus [...] Nós também apelamos aos outros países para permitirem, como fez a China, que os peritos da OMS cheguem para investigar a origem do vírus", disse o representante oficial durante o briefing.
Ele ressaltou que o surgimento do vírus é uma questão científica que não pode ser politizada. O diplomata expressou que lamenta a estigmatização da China por causa da pandemia, bem como as tentativas de descartar responsabilidades, colocando a culpa em determinados países.
"Nós apelamos aos EUA e alguns outros países para pararem imediatamente a politização da origem [do SARS-CoV-2], não se deve, em prol de objetivos políticos, minar a cooperação internacional para determinar a origem do vírus", acentuou.
Em março de 2021, a Organização Mundial da Saúde publicou o relatório completo do grupo internacional de especialistas da OMS sobre a visita à cidade de Wuhan a fim de determinar a origem da COVID-19, tendo a versão de vazamento do vírus de um laboratório sido considerada "extremamente pouco provável".
Além disso, o relatório da OMS diz que o novo coronavírus teria sido transmitido, muito provavelmente, para o ser humano de morcegos através de outro animal. Mais uma versão da origem do SARS-CoV-2 – a transmissão direta de um animal ao homem – foi colocada pelos especialistas na lista de hipóteses "de possíveis a prováveis". A missão da OMS também considerou "possível" a versão de origem da COVID-19 através de produtos congelados.
Os EUA e mais 13 países publicaram uma declaração conjunta expressando preocupação com as conclusões do relatório da OMS.