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Para não prejudicar Lula, advogados pedem julgamento de Moro antes da saída de Marco Aurélio

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lê dentro de carro passando em frente ao Congresso Nacional, em Brasília
A defesa de Lula pediu a retomada do processo da suspeição de Sergio Moro diretamente ao presidente do Supremo e através de petição ao próprio ministro Marco Aurélio para antes de 5 de julho, quando se aposenta.
Sputnik

Nesta segunda-feira (31), os advogados de Lula apresentaram uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente da Corte, Luiz Fux, retome o julgamento da suspeição de Sergio Moro no plenário do tribunal antes da aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, programada para o próximo dia 5 de julho.

De acordo com informações da Folha de São Paulo, advogados e juristas ligados a Lula pretendem evitar que Fux adie a conclusão do julgamento para depois da saída do ministro. Se isso acontecer, causaria indefinição na situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e até a possibilidade de sofrer novas condenações, já que a parcialidade de Sérgio Moro, sem a finalização do julgamento, não foi ainda amplamente reconhecida.

Para não prejudicar Lula, advogados pedem julgamento de Moro antes da saída de Marco Aurélio
Para não prejudicar Lula, advogados pedem julgamento de Moro antes da saída de Marco Aurélio

No dia 14 de abril o debate do tema no plenário foi iniciado e suspenso oito dias depois, por um pedido de vista de Marco Aurélio. A maioria votou pela parcialidade de Moro por 7 a 2, mas ainda faltam os parecerem de Marco Aurélio e Luiz Fux para que o debate seja concluído.

O prazo previsto para o prosseguimento de votações, de acordo com o regimento do STF, é de 30 dias. Tempo que já decorreu desde a devolução do caso por Marco Aurélio no dia 29 de abril e aguarda que Fux retome as discussões para finalização do julgamento. Os advogados de defesa do ex-presidente Lula solicitam ainda que, caso Fux não se pronuncie, Marco Aurélio retome o julgamento no plenário virtual.

Condenações de Lula

No dia 8 de março, o ministro do STF Edson Fachin anulou todas as condenações e transferiu os quatro casos contra Lula para o Distrito Federal. Segundo Fachin, a 13ª Vara Federal de Curitiba, então comandada por Moro, não tinha competência para julgar os processos contra o ex-presidente.

Pouco depois da decisão de Fachin, no entanto, a 2ª Turma do STF julgou a suspeição de Moro e declarou que ele tinha sido parcial contra Lula no caso do tríplex do Guarujá, anulando assim a condenação e toda a investigação do petista. A defesa de Lula pretende pedir a extensão da suspeição a todos os outros processos julgados por Moro que hoje tramitam no Distrito Federal, argumentando que não seria possível um juiz ser parcial em uma causa e imparcial nas outras.

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