O doutor Teo Yik Ying, da Universidade Nacional de Cingapura, disse em entrevista ao jornal The Straits Times que a cepa indiana B.1.617 da COVID-19 pode agravar a pandemia da COVID-19 no mundo.
"O que é assustador é a velocidade a que esta variante é capaz de se espalhar e circular amplamente dentro da comunidade, muitas vezes ultrapassando a capacidade das unidades de rastreamento de contato de rastrear e isolar contatos expostos para quebrar as cadeias de transmissão", afirmou o cientista.
"Tem o potencial de desencadear uma tempestade pandêmica maior do que o mundo já viu", segundo Teo Yik Ying.
A estirpe B.1.617 teve mutação para se espalhar mais facilmente de pessoa para pessoa, e pode diminuir a proteção fornecida pela vacina, bem como pela infecção natural, embora apenas ligeiramente, dizem especialistas.
A cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde, Soumya Swaminathan, disse que a B.1.617 é de 1,5 vez a duas vezes mais transmissível do que a estirpe que apareceu inicialmente em Wuhan.
A cepa foi identificada pela primeira vez no estado indiano de Maharashtra em outubro de 2020. É conhecida também como a cepa com mutação dupla e ultimamente foi encontrada em muitos países. De acordo com os médicos indianos, a estirpe poderia ter sido uma das causas da segunda onda do coronavírus na Índia.