Arqueólogos descobrem flecha no local do famoso duelo bíblico entre Davi e Golias (FOTOS)

A flecha, feita de um pedaço de osso, já era obsoleta na Idade de Ferro contra os invasores arameus da cidade-Estado de Gate, diz acadêmico da Universidade Bar-Ilan, Israel.
Sputnik

Arqueólogos encontraram na cidade israelense de Gate uma flecha com mais de 2.800 anos que poderia pertencer ao local da luta bíblica entre Davi e Golias, de acordo com arqueólogos da Universidade Bar-Ilan, Israel, que publicaram seu estudo na revista Near Eastern Archaeology.

Arqueólogos descobrem flecha no local do famoso duelo bíblico entre Davi e Golias (FOTOS)

Trata-se de um pedaço de osso talhado, uma arma bastante obsoleta e frágil em plena Idade de Ferro, quando se esperaria que as pessoas utilizassem um projétil feito de metal, segundo os autores.

"Em muitas culturas você tem pontos de projéteis ósseos, mas eles desaparecem à medida que você entra em uma sociedade orientada para o metal", disse o arqueólogo Aren Maeir, que liderou a expedição no monte Tel al Safi, sob cuja superfície se encontra a antiga cidade de Gate.

"Pontos ósseos ainda são encontrados aqui e ali, mas não são muito comuns", pois eram geralmente feitos de bronze e ferro na época, referiu o acadêmico da Universidade Bar-Ilan ao jornal Haaretz.

Arqueólogos descobrem flecha no local do famoso duelo bíblico entre Davi e Golias (FOTOS)

Segundo Maeir, o objeto aponta para a possibilidade de que a cidade-Estado, que estava sitiada por arameus, fazia e usava armas obsoletas, que podiam ferir severamente o inimigo, mas causavam menos danos físicos e eram facilmente quebradas quando esmagadas contra qualquer tipo de armadura.

Para compensar essa fragilidade, a ponta do projétil podia ser impregnada de veneno, mas é uma teoria conjectural. Uma análise microscópica das fraturas e estrias de impacto leva os cientistas a pensar que a flecha foi disparada pelos habitantes de Gate desesperados contra os arameus, que por sua vez atiraram de volta. A reutilização de projéteis era comum na antiguidade, comenta Maeir.

O osso poderia estar relacionado com a descoberta em 2006 dos restos de uma oficina, que fabricava utensílios ósseos, e que foi destruída, juntamente com o resto da cidade, durante a conquista aramaica, apesar de Aren Maeir admitir não ser possível comprovar essa hipótese.

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