Os opositores do primeiro-ministro de Israel, anunciaram a conclusão de um acordo para formar uma nova coalizão governamental, abrindo o caminho para a expulsão de Benjamin Netanyahu como líder de Israel desde 2009, relata a agência norte-americana Associated Press (AP).
O anúncio dramático de Yair Lapid, centrista e líder da oposição, e Naftali Bennett, ultranacionalista e seu principal parceiro da coalizão, chegou momentos antes da meia-noite, e impediu que o país mergulhasse no que teria sido sua quinta eleição consecutiva em pouco mais de dois anos.
Em uma declaração no Twitter, Lapid disse que informou o presidente de Israel sobre o acordo.
"Este governo trabalhará para todos os cidadãos de Israel, aqueles que votaram a favor e aqueles que não votaram. Ele fará de tudo para unir a sociedade israelense", afirmou.
Likud, o partido liderado por Netanyahu, ganhou as últimas eleições legislativas de Israel em 23 de março de 2021, mas com uma pequena pluralidade de 24,2%.
Nesta quarta-feira (2) o Knesset, parlamento israelense, também elegeu Isaac Herzog, um político veterano e herdeiro de uma proeminente família israelense, como o próximo presidente de Israel. A presidência tem, em grande parte, um papel cerimonial, cujo objetivo é servir como bússola moral e unidade do país.
"Eu pretendo ser o presidente de todos. Devemos defender o status internacional de Israel e sua boa reputação na família das nações, combater o antisemitismo e o ódio a Israel, e preservar os pilares de nossa democracia", declarou Herzog, após o fim da contagem dos votos.