Em 2020, o Serviço de Pesquisa do Congresso anunciou que as Forças Armadas dos EUA estavam trabalhando em três áreas relacionadas a armas hipersônicas: ataque rápido convencional, armas hipersônicas de longo alcance e uma arma de resposta rápida de lançamento aéreo.
A ênfase no desenvolvimento de armas de última geração na proposta de orçamento de 2022 do Pentágono é crucial para manter a vantagem militar dos EUA em meio a tensões com China, disse White.
O orçamento do Departamento de Defesa divulgado na sexta-feira (28) alocou US$ 112 bilhões (R$ 573 bilhões) para pesquisa, desenvolvimento, testes e avaliação de sistemas de defesa. Trata-se da maior quantia alguma vez destinada a esse fim na história do departamento para competir com o que os responsáveis do Pentágono descrevem como "ameaça progressiva" da China, escreve portal Stars and Stripes.
Pequim já possui em serviço armas hipersônicas tais como Dong Feng-17, veículo planador hipersônico capaz de atingir velocidades de até Mach 10, ou seja, aproximadamente 12.250 km/h, de acordo com o Projeto de Defesa de Mísseis do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais – um think tank sediado em Washington que estuda mísseis balísticos e de cruzeiro em todo o mundo.
"O orçamento proposto para o ano fiscal de 2022 é uma declaração muito importante do departamento sobre a importância de [armas] hipersônicas. Temos um forte empenhamento por parte da nova administração para nossa estratégia e para avançar no rápido desenvolvimento e entrega de capacidades baseadas em [tecnologias] hipersônicas" afirmou White.
Armas hipersônicas conseguem atingir velocidades entre cinco e 27 vezes a do som, oferecendo aos comandantes militares uma gama mais ampla de opções e capacidades, e ao mesmo tempo colocando o lado alvejado em desvantagem devido ao pouco tempo de resposta e à grande dificuldade em interceptar esses mísseis.
Desenvolvimento de armas hipersônicas se tornou uma prioridade para os EUA após China e Rússia terem desenvolvido este tipo de armas.