Novos convocados para a CPI da Covid foram aprovados nesta quarta-feira (9), entre eles estão o deputado federal Osmar Terra e o auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Marques, de acordo com reportagem do G1.
O auditor é suspeito de ter produzido a nota que alegava ter "supernotificação" de mortes pela COVID-19 no país e por isso foi convocado a dar depoimento no plenário. O relatório do auditor teria sido usado por Bolsonaro nesta segunda (7). Mas no mesmo dia, o TCU desmentiu o presidente e negou ter produzido o documento.
O deputado e ex-ministro da Cidadania Osmar Terra (MDB-RS) é apontado como peça-chave sobre aconselhamentos repassados ao governo. Osmar Terra é contrário a medidas de isolamento como forma de conter a expansão da doença e foi uma das primeiras autoridades a lançar a tese da chamada "imunidade de rebanho".
Dentre os novos convocados além dele e de Osmar Terra, estão: Felipe Cruz Pedri, secretário de Comunicação Institucional do governo; o empresário José Alves Filho; Renato Spallicci, presidente da Apsen Farmacêutica; Francisco de Araújo Filho, ex-secretário de Saúde do Distrito Federal; um dos desenvolvedores do aplicativo TrateCov e Francieli Francinato, coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI).
A comissão visa avançar as apurações sobre o chamado "ministério paralelo", que teria atuado no enfrentamento à pandemia de maneira independente ao Ministério da Saúde.
No caso da coordenadora do PNI, Francieli Francinato, a CPI também aprovou uma acareação entre ela e a médica infectologista Luana Araújo, que foi dispensada do Ministério da Saúde dez dias depois e ser anunciada pelo ministro Marcelo Queiroga como secretária de combate à pandemia.