As origens destes clarões luminosos brilhantes, que duram meros milissegundos, são desconhecidas porque as explosões são imprevisíveis e elas desvanecem rapidamente. Pela primeira vez as FRB foram observadas em 2007. Na década seguinte foram somente detectadas aproximadamente 140 explosões em todo o Universo.
"O problema com as FRB é que elas são realmente difíceis de detectar", disse Kiyoshi Masui, professor assistente de física no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). "Você precisa ter seu radiotelescópio apontado para o lugar certo na hora certa e você não consegue prever onde e quando isso acontecerá", explicou.
A maioria dos radiotelescópios apenas vê um pedaço do céu do tamanho da Lua em um determinado momento, o que significa que a grande maioria das FRB não é vista, detalha Masui, escreve CNN.
Tudo mudou quando o telescópio CHIME, localizado no Observatório Astrofísico Dominion na Columbia Britânica, no Canadá, começou a receber sinais de rádio em seu primeiro ano de operação. O radiotelescópio estacionário detectou, entre 2018 e 2019, 535 novas rajadas rápidas de rádio.
Isso permitiu que os cientistas criassem o catálogo CHIME destas rajadas, que foi apresentado na quarta-feira (9) no 238º Encontro da Sociedade Astronômica Americana.
O catálogo não só expande o número conhecido das FRB, mas também aumenta a informação disponível sobre suas propriedades e localizações.
Enquanto a maioria das rajadas foram eventos únicos, 61 delas foram rajadas repetidas de 18 fontes. Estas últimas aparecem de forma diferente – cada lampejo repetido dura um pouco mais de tempo do que as rajadas únicas.
Quando uma explosão se repete, os cientistas têm muito mais chances de rastreá-la até seu ponto de origem. Além do mais, esses locais podem também ajudar a determinar o que causa as explosões.