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CPI da Covid vai recorrer de decisão do STF que liberou governador do Amazonas

Wilson Lima declarou que não compareceu à CPI da Covid pela onda de ataques ocorridos no Amazonas no fim de semana e que está, nesse momento, coordenando uma operação em resposta aos incidentes.
Sputnik

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou nesta quinta-feira (10) que vai recorrer da decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), que liberou o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), de prestar esclarecimentos na comissão do Senado Federal.

"Primeiro, iremos recorrer dessa decisão. […] O Senado irá recorrer da decisão. Respeitamos a decisão da ministra Rosa Weber […]. Mas acredito que o governador do estado do Amazonas perde uma oportunidade ímpar de esclarecer ao Brasil, mas principalmente ao povo amazonense, o que de fato aconteceu no estado", afirmou Aziz na abertura da audiência desta quinta-feira (10).

A ministra Rosa Weber entendeu que, uma vez que Lima já foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) e é investigado por suposto envolvimento em um esquema de desvio de verbas destinadas ao enfrentamento da pandemia, o governador tem direito de não dar respostas que possam incriminá-lo.

"A ministra tomou a decisão e facultou a minha participação na CPI e eu optei por não ir em razão de todos esses episódios que têm acontecido no estado do Amazonas em que eu preciso estar junto a população", disse o governador nesta quinta-feira (10).

Um grupo de cerca de 20 governadores também tenta, no STF, impedir convocações. Ao todo, a CPI da Covid aprovou as convocações de nove governadores.

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Operação Sangria

Lima vem sendo investigado dentro da Operação Sangria, da Polícia Federal (PF), que apura suposta organização criminosa que teria se instalado no governo do Amazonas para fraudar licitações e desviar dinheiro.

O governador foi alvo de busca e apreensão pela PF no âmbito da operação, conforme noticiado no dia 2 de junho.

Em janeiro, Manaus sofreu com a falta de leitos para tratar pacientes com COVID-19 e o desabastecimento de medicamentos e insumos. A capital do Amazonas foi a primeira cidade do país a registrar um colapso na saúde pública devido à pandemia do novo coronavírus.

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