Força Espacial dos EUA afirma estar desenvolvendo armas espaciais de energia direcionada

Na década de 1980, o Pentágono tentou desenvolver armas a laser instaladas em satélites para interceptar mísseis nucleares.
Sputnik

A Força Espacial dos EUA (USSF) disse estar desenvolvendo armas espaciais de energia direcionada, o que constitui uma violação direta do Tratado do Espaço Sideral de 1967, que proíbe a militarização do espaço.

"Estamos, sim", disse o general John Raymond, comandante da Força Espacial dos EUA, a Jim Langevin, membro da Câmara dos Representantes dos EUA nesta quarta-feira (16) após ser perguntado se a Força Espacial estava desenvolvendo sistemas de energia direcionada, destinados a satélites dos EUA.

Raymond declarou aos legisladores que, embora o espaço tenha sido por muito tempo fundamental para o sucesso econômico e militar dos EUA, "nas últimas três décadas temos dado esse acesso e liberdade por adquiridos. Infelizmente, como a Estratégia de Defesa Nacional e a mais recente Estratégia de Segurança Nacional Interina identificaram, este não é mais o caso".

Força Espacial dos EUA afirma estar desenvolvendo armas espaciais de energia direcionada
O comandante da Força Espacial afirmou que a Rússia e a China estão "desenvolvendo rapidamente suas próprias capacidades espaciais", ressaltando que ambas as nações estão implantando "sistemas de energia direcionada que podem cegar, interromper ou danificar nossos satélites; armas antissatélite no espaço, que são projetadas para destruir satélites dos EUA; e capacidades cibernéticas que podem impedir nosso acesso a este domínio".

Os satélites são uma área de extrema importância para os militares e agências de inteligência dos EUA, uma vez que quase tudo o que eles fazem depende, de uma ou de outra forma, da informação retransmitida de uma antena espacial. Isso inclui comunicação, navegação e processo de seleção de alvos por GPS, coleta de informações e muito mais.

Recentemente Raymond advertiu que o espaço tem se tornado um "domínio de guerra", tal como o ar, a terra e o mar, que o recém-criado ramo militar enfrenta novos desafios e ameaças e que as armas avançadas da Rússia e China são capazes de 'destruir satélites dos EUA'.

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