Militares dos EUA perderam 1.900 armas de fogo em 1 década; 5 foram usadas em crimes, diz relatório

Alto funcionário do Pentágono comentou sobre um relatório recente da AP, que observou que pelo menos 1.900 armas de fogo, pertencentes aos integrantes das Forças Armadas dos EUA, foram perdidas ou roubadas durante a década de 2010, e algumas delas foram usadas para realizar crimes.
Sputnik

Nesta quinta-feira (17), o general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA (JCS, na sigla em inglês) afirmou durante uma audiência do Comitê de Atribuições do Senado que "ficou surpreso" com o número indicado na publicação e disse que o número real é "significativamente menor".

"Isso não quer dizer que seja zero, mas é significativamente menor", disse Miley. "Por isso, é preciso equilibrar as coisas. Devo a vocês uma resposta firme."

Milley destacou que o Pentágono "leva extraordinariamente a sério" a segurança das armas e investiga "rigorosamente" todos os casos de desaparecimento de armamento.

"Existem armas que não podemos contabilizar", disse o general. "Mas posso assegurar-lhes que levamos isto extraordinariamente a sério, e devo-lhes os números exatos que estamos recebendo e vou arranjá-los muito, muito rápido".

Investigação de armas perdidas

Os resultados da pesquisa da AP foram publicados nesta quarta-feira (16), revelando que "alguns serviços armados suprimiram a publicação das informações básicas" e que "o total da AP é uma certa contagem baixa".

"Os registros do governo que englobam o Exército, o corpo de Fuzileiros Navais, a Marinha e a Força Aérea mostram que pistolas, metralhadoras, espingardas e rifles de assalto automáticos desapareceram de armarias, armazéns de suprimentos, navios da Marinha, campos de tiro e outros locais onde foram usados, armazenados ou transportados", segundo a mídia.

O relatório detectou oito casos em que cinco diferentes armas de fogo desaparecidas do Exército norte-americano "foram usadas em tiroteios civis ou outros crimes violentos".

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, citado no artigo, afirmou que eles levam a questão de armamento desaparecido muito a sério.

"Levamos isto muito a sério e pensamos que fazemos um excelente trabalho. Isso não significa que não haja perdas. Não significa que não haja erros cometidos", destacou Kirby.

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