Antonov aterrissou no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, pelas 11h58 (12h58, no horário de Brasília), pelo que agora deverá se deslocar até Washington.
O regresso dos embaixadores russo e norte-americano aos EUA e à Rússia, respectivamente, é o resultado do recente encontro entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, em Genebra, nesta semana.
O embaixador russo contou à Sputnik, neste domingo (20), que a tarefa prioritária em seu retorno a Washington será a rápida e produtiva implementação do acordo sobre estabilidade estratégica alcançado durante a cúpula de Genebra.
"Uma de nossas principais tarefas é implementar a declaração conjunta dos dois presidentes sobre estabilidade estratégica o mais rápido possível [...] de maneira eficiente e produtiva. Planejamos agendar as primeiras consultas com nossos colegas norte-americanos imediatamente [...] Contamos que a discussão seja profissional e, eventualmente, nos dê a oportunidade de solucionar possíveis acordos sobre segurança global", disse Antonov ao embarcar no avião de Moscou para Nova York.
Por sua vez, também John. J. Sullivan, embaixador estadunidense em Moscou, disse que deverá regressar à Rússia em breve.
Sobre diálogo e sanções
Anatoly Antonov está ciente que agora é hora de Washington e Moscou reabilitarem suas relações bilaterais, e para que tal aconteça, é necessário que ambas as partes estejam abertas para o diálogo.
"Agora, o objetivo necessário é consertar o diálogo e, antes de tudo, restabelecer os mecanismos de diálogo que foram destruídos ou minados nos últimos anos", afirmou o diplomata russo.
Algo que, de fato, foi dilacerando as relações entre os dois países foi a imposição de sanções.
"Suponho que seja impossível estabilizar e consertar as relações entre os dois países por meio de sanções. [...] Eu ouvi falar sobre essas sanções durante o voo [e só] saí do avião há um minuto. Mas posso dizer que este não é o sinal que todos receberam após a cúpula [em Genebra]", acrescentou Antonov.
Caso tais sanções venham a ser impostas, isso não irá de acordo ao que foi acordado entre os presidentes dos EUA e da Rússia. Por essa razão, os diplomatas de ambos os países terão de entender o que terá de ser feito para conseguirem implementar os acordos entre Biden e Putin, informa Antonov.