A organização informou que a usina, que foi desconectada da rede elétrica, vai retomar o funcionamento em "alguns dias", sem dar mais detalhes.
No domingo (20), um representante oficial da companhia da energia estatal iraniana, Gholamali Rakhshanimehr, afirmou acreditar que o apagão duraria por "três ou quatro dias", avisando que isso pode levar a falhas de energia.
Os iranianos foram aconselhados a minimizar o consumo de eletricidade durante as horas de pico devido a "limitações na geração de energia causadas pelas reparações em curso".
A única usina nuclear do país e seu reator de 1.000 megawatts foram construídos pela Rússia, entrando em funcionamento em 2013.
Moscou está ajudando agora a República Islâmica a construir o segundo e terceiro reatores, os quais se espera serão lançados em 2024 e 2026, respectivamente.
Em abril, a província de Bushehr foi atingida por um terremoto de 5,9 de magnitude, mas as autoridades disseram que o sismo não causou "nenhum dano" à usina.
Houve uma série de avarias e explosões nas instalações iranianas nos anos recentes, pelas quais as autoridades acusaram os inimigos da República Islâmica – Israel e os EUA – ou falhas técnicas. Em maio, uma pessoa morreu e duas ficaram feridas após um duto de oxigênio ter explodido em uma fábrica petroquímica na província de Bushehr. No momento, o incidente está em investigação.
A notícia sobre o fechamento da única usina nuclear iraniana surge em meio às negociações em Viena sobre o relançamento do Plano de Ação Conjunto Global, conhecido como o acordo nuclear iraniano.
Israel opõe-se firmemente às tentativas internacionais de reviver o acordo, o qual, considera, abre caminho para o Irã desenvolver armas nucleares. A República Islâmica, por sua vez, insiste que seu programa nuclear é destinado a fins pacíficos.