Governo dos EUA bloqueia sites de vários veículos de mídia iraniana

As autoridades norte-americanas, aparentemente, bloquearam vários domínios cibernéticos de veículos de mídia iraniana, entre os quais Press TV, Al-Alam, e o canal iemenita Al Masirah, sob controle do movimento houthi.
Sputnik

Nesta terça-feira (22), todos os que visitaram os portais destas três mídias repararam que tinham sido bloqueados sob leis estadunidenses, que permitem o bloqueio civil e criminal de propriedade envolvida em "tráfico de tecnologia ou material de armas nucleares, químicas, biológicas ou radiológicas, ou a fabricação, importação, venda ou distribuição de uma substância controlada."

O aviso do bloqueio do Departamento de Justiça dos EUA também invocou uma lei que rege a autoridade presidencial para lidar com "ameaças incomuns e extraordinárias; declaração de emergência nacional", que inclui a Lei de Emendas de Não Proliferação do Irã de 2005 e a Lei de Apoio à Liberdade do Irã de 2006.

Até o momento, nem os EUA nem a República Islâmica comentaram sobre o caso. No entanto, por sua vez, o Conselho de Solidariedade do Iêmen (YSC, na sigla em inglês) condenou "o silenciamento deliberado da voz do Iêmen pelo governo norte-americano." 

Em um comunicado através do YSC, o canal Al Masirah disse "não estar surpreso" pelo aparente bloqueio, uma vez que esta "chega dos que têm supervisionado os crimes mais atrozes contra nosso povo."

Por sua vez, a PressTV apenas comentou que as mensagens sobre o bloqueio apareceram "em portais de séries de canais de televisão iranianos e regionais, o que parece ser uma ação coordenada."

Contudo, ante a ausência de declarações oficiais, surgiram especulações de que os veículos de mídia em questão possam ter sido antes hackeados.

Esta alegada ação de Washington toma lugar apenas um dia após o novo presidente eleito do Irã, Ebrahim Raisi, ter instado os EUA a levantarem as sanções sobre Teerã e a regressarem ao acordo nuclear de 2015. 
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