NASA envia lulas do Havaí ao espaço para pesquisas que melhorariam saúde de astronautas

Dezenas de bebês do gênero sepiolida (Euprymna scolopes) foram crescidos no Laboratório Marinho de Kewalo, da Universidade do Havaí, nos EUA, e foram enviados ao espaço no início de junho em uma missão de suprimentos da SpaceX para a Estação Espacial Internacnional (EEI).
Sputnik

A pesquisadora Jamie Foster, que terminou seu doutoramento na Universidade do Havaí, está estudando como o voo espacial afeta a lula, na expectativa de melhorar a saúde humana durante as missões espaciais longas, segundo o Honolulu Star-Advertiser.

A lula tem uma relação simbiótica com bactérias naturais que ajudam a regular sua bioluminescência. Quando os astronautas estão em baixa gravidade, a relação de seu corpo com os micróbios muda, segundo a docente Margaret McFall-Ngai, da mesma universidade.

"Descobrimos que a simbiose dos humanos com seus micróbios está perturbada na microgravidade e Foster mostrou que isso acontece com a lula", afirmou McFall-Ngai. "Como é um sistema simples, ela pode entender o que está acontecendo de errado."

Foster agora é a principal pesquisadora do programa da NASA que estuda como a microgravidade afeta as interações entre os animais e micróbios.

"Como os astronautas passam cada vez mais tempo no espaço, seu sistema imunológico se torna o que é chamado de desregulado. Não funciona tão bem", disse Foster. "O sistema imunológico deles não reconhece bactérias tão facilmente. Eles, às vezes, ficam doentes."

O que acontece com lula no espaço poderia ajudar a resolver problemas de saúde de astronautas. Os animais voltarão à Terra em julho.

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