A pesquisadora Jamie Foster, que terminou seu doutoramento na Universidade do Havaí, está estudando como o voo espacial afeta a lula, na expectativa de melhorar a saúde humana durante as missões espaciais longas, segundo o Honolulu Star-Advertiser.
A lula tem uma relação simbiótica com bactérias naturais que ajudam a regular sua bioluminescência. Quando os astronautas estão em baixa gravidade, a relação de seu corpo com os micróbios muda, segundo a docente Margaret McFall-Ngai, da mesma universidade.
"Descobrimos que a simbiose dos humanos com seus micróbios está perturbada na microgravidade e Foster mostrou que isso acontece com a lula", afirmou McFall-Ngai. "Como é um sistema simples, ela pode entender o que está acontecendo de errado."
Foster agora é a principal pesquisadora do programa da NASA que estuda como a microgravidade afeta as interações entre os animais e micróbios.
"Como os astronautas passam cada vez mais tempo no espaço, seu sistema imunológico se torna o que é chamado de desregulado. Não funciona tão bem", disse Foster. "O sistema imunológico deles não reconhece bactérias tão facilmente. Eles, às vezes, ficam doentes."
O que acontece com lula no espaço poderia ajudar a resolver problemas de saúde de astronautas. Os animais voltarão à Terra em julho.