Governo pagou por Covaxin um preço 1.000% mais alto
De acordo com documentos do Ministério das Relações Exteriores do país, o governo brasileiro comprou a vacina indiana Covaxin por um preço 1.000% superior ao estabelecido antes pela própria fabricante. O valor por dose e o tempo recorde de fechamento do contrato foram ressaltados na terça-feira (22) por Luciana Loureiro, procuradora da República no DF. O prazo da assinatura do contrato para aquisição da vacina constitui três meses, o que é bastante mais curto que o de outros contratos. Como comparação, as negociações com a Pfizer duraram mais de seis meses. O contrato foi intermediado pela farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos, o que chamou a atenção da Procuradoria, já que entre os sócios da empresa há pessoas envolvidas em irregularidades no Ministério da Saúde. Leia mais informações aqui.
- O Brasil confirmou mais 2.080 mortes e 86.833 casos de COVID-19, totalizando 504.897 óbitos e 18.056.639 diagnósticos da doença, informou o consórcio entre secretarias estaduais de saúde e veículos de imprensa.
Presidente da Câmara: Brasil terá de fazer racionamento de energia para evitar apagão
Nesta terça-feira (22), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), falou sobre planos do governo de racionamento "educativo" de energia elétrica a fim de evitar um apagão. "O ministro Bento [Albuquerque, das Minas e Energia] esteve comigo, fazendo análise de cenário, garantindo que nós não vamos ter nenhum tipo de problema com apagão, mas vamos ter que ter um período educativo de algum racionamento para não ter nenhum tipo de crise maior", afirmou ele, citado pelo portal G1. Mas, algum tempo depois, Lira disse que, após nova conversa com o ministro, foi esclarecido que haverá apenas um incentivo ao "uso eficiente" da energia pelos consumidores. Agora, o governo está elaborando a medida provisória que possibilita a interferência na gestão de hidrelétricas por um comitê interministerial.
Incentivada por Bolsonaro, fabricante de cloroquina informa sobre aumento de vendas
A principal fabricante de hidroxicloroquina, a Apsen, informou à CPI da Covid, de acordo com publicação da Folha de São Paulo nesta terça-feira (22), sobre a venda de 58,8 milhões de comprimidos no ano passado. Isso é um volume 30% maior do que foi registrado em 2019. A Aspen disse que esperava uma alta de 16% na venda do medicamento usado para tratar a malária, atrite reumatoide e outras doenças. No entanto, acredita-se que o presidente Jair Bolsonaro contribuiu para divulgar a hidroxicloroquina como tratamento para a COVID-19. "Parte do crescimento em 2020 se deveu à ampla divulgação mundial dos supostos benefícios da hidroxicloroquina no tratamento da COVID-19, mesmo considerando a necessidade de retenção de receita médica desde março/2020", reconheceu a empresa.
EUA bloqueiam sites do Irã
O Departamento de Justiça dos EUA assumiu o controle, nesta terça-feira (22), de cerca de 30 veículos de imprensa estatal iranianos. Vários deles voltaram a estar on-line em poucas horas com novos endereços de domínio. Os sites bloqueados incluíam a Press TV, principal canal de televisão do governo iraniano em inglês, o Al-Alam, seu equivalente em árabe, e o canal iemenita Al Masirah, ligado ao movimento houthi. Cada site mostrava um comunicado que dizia ter sido assumido pelo governo dos Estados Unidos e fazia referência às sanções americanas: "O domínio almasirah.net foi apreendido pelo governo dos EUA em conformidade com um mandado de apreensão". Esta ação toma lugar apenas um dia após o novo presidente eleito do Irã, Ebrahim Raisi, ter instado os EUA a cancelarem as sanções contra Teerã e a regressarem ao acordo nuclear de 2015. O porta-voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, respondendo à questão da captura dos sites, disse aos jornalistas: "Eu endereçaria vocês ao Departamento de Justiça, julgo que eles terão mais informações para adicionar ainda hoje".
Governo da Espanha indulta 9 independentistas catalães presos
Nesta terça-feira (22), o governo espanhol aprovou indultos parciais em relação a nove líderes catalães que se encontram presos pelo processo independentista de 2017. O anúncio foi feito na televisão pelo presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez. O presidente declarou que a concessão dos indultos não implica um questionamento da sentença proferida pelo Supremo Tribunal, que condenou estas pessoas a até 13 anos de prisão, por sedição (rebelião contra a autoridade) e desvio de fundos. "Após ter ponderado as razões a favor e contra a medida de perdão, o Executivo estimou que existem razões de utilidade pública que aconselham conceder os indultos", explicou Sánchez. Entre as pessoas beneficiadas pelo indulto há vários integrantes do governo da Catalunha que convocou o referendo ilegal em 2017, como Oriol Junqueras, Jordi Turull e Raul Romeva, entre outros.
Venezuela convida Rússia a acompanhar eleições regionais
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de Venezuela convidou nesta terça-feira (22) a Comissão Eleitoral Central da Rússia (CEC) a acompanhar o processo eleitoral regional e municipal de 21 de novembro no país caribenho. O presidente do CNE, Pedro Calzadilla, fez o convite durante uma reunião com o embaixador russo em Caracas, Sergei Melik-Bagdasarov, como parte dos intercâmbios internacionais. Por sua parte, o embaixador russo propôs a Calzadilla assinar um novo protocolo de cooperação entre as entidades russa e venezuelana. Os venezuelanos vão às urnas em 21 de novembro para eleger 23 governadores, 335 alcaides, 251 integrantes dos conselhos legislativos e 2.459 membros dos conselhos municipais.