Cientistas detectam nova fonte de raios gama de ultra-alta energia (FOTO)

Astrônomos identificaram uma nova fonte de raios gama de alta energia, que recebeu a designação LHAASO J2108 + 5157. De acordo com o estudo, o raio gama está associado a uma nuvem molecular a mais de 10 mil anos-luz de distância da Terra.
Sputnik

Usando o Grande Observatório de Chuveiros Aéreos de Alta Altitude (LHAASO, na sigla em inglês), localizado na China, os astrônomos realizaram uma pesquisa por novas fontes de raios gama de alta energia. Como resultado, eles identificaram uma nova fonte de raios gama de ultra-alta energia, que recebeu a designação LHAASO J2108 + 5157. A descoberta foi relatada em um artigo publicado no repositório de pré-impressão arXiv.

Fontes que emitem radiação gama com energias de fótons entre 100 GeV e 100 TeV são chamadas de fontes de raios gama de energia muito alta (VHE), enquanto aquelas com energias de fótons acima de 0,1 PeV são conhecidas como fontes de raios gama de energia ultra-alta (UHE). A natureza dessas fontes ainda não é bem compreendida; portanto, os astrônomos estão constantemente em busca de novos objetos desse tipo para caracterizá-los, o que poderia lançar mais luz sobre suas propriedades em geral.

Cientistas detectam nova fonte de raios gama de ultra-alta energia (FOTO)

Uma equipe de astrônomos liderados por Zhen Cao da Academia Chinesa de Ciências (CAS) conduziu recentemente essa pesquisa com duração de quase um ano, usando os dados do LHAASO - uma nova matriz complexa projetada para estudos de raios cósmicos e gama, localizada na província de Sichuan, na China. A campanha de observação rendeu resultados promissores.

De acordo com o estudo, o novo raio gama está associado a uma nuvem molecular conhecida como [MML2017] 4607. A nuvem está localizada a cerca de 10.700 anos-luz de distância da Terra.

Tentando explicar a emissão de raios gama UHE detectada na descoberta, os autores do artigo oferecem poucas explicações. Eles observaram que a emissão de UHE poderia ser produzida por prótons acelerados até PeV colidindo com o gás denso do ambiente. Devido à coincidência entre LHAASO J2108 + 5157 e a nuvem molecular [MML2017] 4607, eles assumem que a origem hadrônica é o cenário mais plausível.

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