"Em resposta, será proibida a entrada a Belarus aos representantes de estruturas europeias e pessoas dos países da União Europeia as quais prestaram assistência à introdução das medidas restritivas. O lado belarusso continua elaborando outras medidas de resposta, incluindo de caráter econômico", conforme informou a entidade na segunda-feira (28).
Adicionalmente, o Estado belarusso tomou a decisão de suspender sua participação na iniciativa da UE Parceria Oriental e também iniciou o procedimento de suspensão do acordo de readmissão da UE.
Mesmo assim, o MRE belarusso expressou sua esperança que as personalidades oficiais da União Europeia e seus países-membros vão perceber a "desvantagem e futilidade de decisões sobre aplicação de uma abordagem de força" nas relações com Minsk.
"As propostas do lado belarusso para o desenvolvimento do diálogo, interação e cooperação com a União Europeia com base nos princípios de igualdade e respeito mútuo permanecem em vigor", ressalta o comunicado.
Além disso, o chefe da Delegação da União Europeia em Belarus, Dirk Shubel, foi convocado ao Ministério das Relações Exteriores do país a respeito da introdução de sanções europeias contra Minsk.
O representante de Belarus na UE foi convocado à capital belarussa para consultas.
"Ao chefe da Delegação da União Europeia em Belarus também foi proposto viajar para Bruxelas para consultas, a fim de esclarecer seus chefes quanto à posição do lado belarusso sobre a inadmissibilidade da pressão e das sanções", diz o comunicado.
O texto ressalta que "durante o encontro, ao embaixador da União Europeia foi declarada a posição firme do lado belarusso sobre a inadmissibilidade absoluta da aplicação de sanções como instrumento de pressão sobre um Estado soberano e independente".
Em 23 de maio, um voo da Ryanair viajando de Atenas, capital da Grécia, para Vilnius, capital da Lituânia, fez um pouso de emergência devido a uma ameaça de bomba, que mais tarde se revelou falsa. O Ministério do Interior de Belarus confirmou que a bordo estava Roman Protasevich, que fundou um canal do Telegram designado como extremista por Minsk.
Após reunião em 24 de maio, os líderes da UE tomaram a decisão de fechar seu espaço aéreo para os aviões belarussos e também recomendaram às companhias aéreas europeias para evitarem voos sobre o território de Belarus. O bloco apelou à imposição de sanções contra o país o mais rápido possível.